quarta-feira, 28 de julho de 2010

Aquarela

Aquarela

No verde esmeralda de mar infindo
Vejo versos nos teus olhos
Nos meus tempos de menino

No negro brilho dos teus cabelos
Vejo versos soltos ao vento
Desvendando teus segredos

No branco cheiro da tua pele
Vejo versos em nuas tatuagens
E nos espinhos que as ferem


Você, quando beija-flor
Traz pra minha morna vida
Mais calor

Você, quando na janela
Traz pra minha branca tela
Aquarela

Destino Moleque

Destino Moleque

Eu sei que o destino
É um menino moleque
Brincando de ser feliz

Corre entre as pessoas
E quando esbarra em você
Também esbarra em mim

E como menino
Que brinca e apronta
Ele me trouxe aqui

E quer me mostrar
Que perto de você
É muito melhor ser feliz

Com um sorriso

Com um sorriso

Eu cansei, de tentar ser teu amigo
De correr os teus riscos
E viver na solidão

Me peguei, disfarçando a verdade
Enganando a saudade
Vivendo de ilusão

Desmontei, teu castelo de cartas
Vi que até as duras mágoas
Os anos levarão

E mesmo, depois de tudo isso
Você vem, e com um sorriso
As certezas se vão ao chão

Vinda do Norte

Vinda do Norte

Você me trouxe
os ares do norte
você me fez ver
que a sorte
e sempre ter alguém

que me melhora
de dentro pra fora
que me faz crer
que a boa hora
é sempre a que se tem

Então vem
com esse sorriso
que me encanta
Com essa boca
que me arranca
da solidão


E com você
e os ares do norte
aquela paz
e aquela sorte
que tanto me cai bem

Simples sorriso maroto
da morena linda
sorriso lindo da menina
que me faz sonhar

Simples sorriso lindo
da menina linda
com aquele ar de menina
e aquele beijo
que me faz flutuar

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tua Mão

Tua Mão

Foi no leve toque da tua mão
Que me perdi na doce devoção
De querer te imaginar

No teu jeito certeiro de me olhar
No pequeno gesto não mais em vão
Que valeu a intenção
De tentar te encontrar

Disfarce

Disfarce

Quando o inverno se disfarça de outono
E o vazio da vida se disfarça de sonho
É que sinto mais a tua falta
E a falta daquilo que nunca fomos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Aquarela

Aquarela

No verde esmeralda de mar infindo
Vejo versos nos teus olhos
Nos meus tempos de menino

No negro brilho dos teus cabelos
Vejo versos soltos ao vento
Desvendando teus segredos

No branco cheiro da tua pele
Vejo versos em nuas tatuagens
E nos espinhos que as ferem


Você, quando beija-flor
Traz pra minha morna vida
Mais calor

Você, quando na janela
Traz pra minha branca tela
Aquarela

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Das Curtas

Tua mão

É no toque da tua mão
que me toca a poesia


Filmes Franceses

Minha solidão as vezes
Contracena em filmes franceses


Ao teu lado

Mesmo dormindo
Ainda sinto
O suave som dos seus sonhos


Medida

O volume do teu amor
É quanto teu perfume durou


Perder e achar

Por vezes me fogem verbos
Assim que acho meus cadernos


Deuses

Os deuses compreendem seus mitos
Assim como os animais aceitam seus instintos


Preso

Viver em tua ilha
E ver as horas
Em teus relógios sem pilhas


Frio de Outono

O outono se fez presente
Em uma fria tarde
De sol poente


Meu ombro

Despeje em mim suas expectativas
Enquanto enxugo suas lágrimas frias


Desconhecido

Completo desconhecido
É o que ainda desconhece
Seus próprios instintos


Con(Fundir)

Confundem-se os sonhos
Que fundem-se ao que somos


O sal

Sinto o sal do mar secar
Feriadas que teimam em não cicatrizar


Mendigo

Na suja calçada
Edificam-se as sobras


SMS

O teu torpedo
Inunda meu mar(convés) de desejo

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Bronze

Bronze

Tudo na vida passa
Bronze há de virar pó
No fogo se esvai a brasa
E o tempo desata o nó

Tudo na vida passa
Poesia vira fumaça
O desejo se desgasta
Bronze há de virar pó

As fotos perderão as cores
As lembranças se apagarão
A distância vai me tirar
De dentro do teu coração

Tudo na vida passa
Poesia vira fumaça
O desejo se desgasta
Bronze há de virar pó

Eu Vou

Eu vou

Eu vou,
Me separar da dor
E ver que um novo amor
É o melhor pra mim,
Me despedir do fim

Deixar,
A onda me levar
O mar me acolher
Como acolheu você
E o tempo que passou

Eu vou...

A melodia

A melodia

É natural, que você se sinta mal
Em me ver com ela

Flor na janela, borboletas no quintal
E você se sente mal
Em não ser mais ela.

A melodia que precede o fim
A melodia que antecede o fim
Há melodia,
De Toulouse à Pequim.

Fole Encantado

Fole Encantado

O velho louco faz o tempo imóvel
Imóvel fico a te ver assim

Com o vestido e o cabelo solto
Amor revolto, paixão sem fim

O velho traz o fole encantado
Desafinado, canta você pra mim

Canção de verso acalentado
Poema magro, veste setim

Eu não vou dizer adeus
Nem tão pouco, dizer não vá

Se pretende me esquecer
Tente agora não me beijar

Fortunas ao Vento

Fortunas ao Vento

A canção, vai durar no tempo
De uma paz que virá de dentro

E o sinal
É o pensamento
Desigual
Fortunas ao Vento

Da canção, alegria brota
Sempre mais, e nunca se esgota
Vai brotar
A todo momento
Jogarás
Fortunas ao Vento

Apague, Acenda

Apague, Acenda

Apague este cigarro e vem pra cama
Diga que me ama, acenda a minha chama

Receba meu sorriso e apague a luz
E deixe que o resto, o amor conduz

Depois de tanto tempo tantos planos
Veja que voltamos, ao mesmo ponto

Se estar contigo ainda me satisfaz
E o gosto da tua boca, nunca é demais

Às voltas com minha razão

Às voltas com minha razão

Lampião me inspira tanto quanto Che Guevara
Às vezes um BigMac tal qual baião de dois
É pra mim tão familiar e bem quisto.
Sempre ouço melodias americanas
Em filmes franceses que assisto,
Mas me sinto bem, imaginando o lugar
Sem nunca antes tê-lo visto

Quando a sanfona toca
Sei bem qual é meu tema
E mesmo que eu não escreva
Nada disso em meu poema
Sei que ele está em mim
Como chuva na plantação
Ou mula brava que teima


Cultura de raiz encravada
Sei como ninguém agora
O quanto devo valorizá-la
Cultura essa, a nordestina
Que me foi arrancada
Pois já fui a Disney
Mas nunca a Serra Talhada

Agora pego-a de volta
Às voltas com minha razão
E mesmo sem ser do sertão
Me sinto “Sertanizado”.

Nota de Abertura

Seguem neste novo endereço, as poesias, letras e músicas que tenho feito ao longo dos anos, na intenção de compartilhar, divulgar e principalmente tornar possível a interação com quem as lê. Sugestões, criticas e comentários são sempre bem aceitos.